Um museu feito por nós, para TODOS!

Quando iniciamos os trabalhos na Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, em Campinas, nosso maior objetivo era garantir uma mudança de paradigma em relação à pessoa com deficiência. Muito mais que construir rampas e aumentar a frota de ônibus adaptados, era preciso mudar algo que não podemos mensurar - o olhar. Campinas precisava de um novo olhar. Uma nova maneira de perceber que a pessoa com deficiência pode e deve estar em todos os espaços da cidade e que isso não deve ser algo digno de piedade, de olhares espantosos. Não que não seja importante as mudanças estruturais, tanto que estamos trabalhando por elas, mas despertar a sensibilidade sempre esteve em nossas prioridades.

Na última terça-feira, dia 27, vivi um momento de intensa alegria, pois vi a realização de um dos nossos projetos que visam garantir essa mudança de paradigma - a abertura da Exposição "Um Museu Feito Para Nós, Por Nós, no Museu da Imagem e do Som (MIS - Campinas). O projeto partiu do Centro Cultural Louis Braile de Campinas e quando nos procuraram para apresentar a proposta entendi que estavam nos dando um presente. Era uma grande chance de sensibilizar a população de Campinas para a inclusão.

Tenho certeza de que qualquer pessoa, qualquer artista que tiver contato com esse projeto nunca mais vai pensar em fazer nada sem pensar em inclusão. Sem pensar em como as pessoas com deficiência poderão ter acesso a seu trabalho. A exposição segue até o dia 28 de junho e as obras ali expostas são resultados das oficinas realizadas, principalmente, por pessoas cegas e surdas. Vá até o MIS Campinas e entenda um pouco da minha emoção. Abaixo compartilho algumas fotos desse dia maravilhoso com vocês.

Abraços e um ótimo fim de semana,

Emmanuelle Alkmin
Secretária da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de Campinas

Aqui estou ao lado do diretor de Cultura de Campinas,  Gabriel Rapassi

Aqui estou ao lado do Gabriel Rapassi e da assessora da SMPD, Bell Machado

Durante a fala do diretor de Cultura, podemos ver na imagem à esquerda a
presidente do Centro Cultural Louis Braile de Campinas, Norma de Moura
Ribeiro Torres. Ao lado dela a coordenadora do MIS Campinas, Adriana
Verri Maciel.

Aqui uma das obras da exposição

Sensibilidade à flor do olhar

 

Funcionários da Prefeitura de Campinas vivem momentos únicos de trocas de conhecimento e experiências durante o curso "Noções Gerais de Acessibilidade, Audiodescrição e Libras" realizado na Escola de Governo e Desenvolvimento do Servidor (EGDS). Ontem (20 de maio) o diretor de projetos da SMPD, Gustavo Merlo, falou sobre acessibilidade urbana e os direitos das pessoas com deficiência. Falando para uma turma muito participativa, reforçou a importância de envolver toda a Prefeitura em iniciativas como essa. "Nenhuma secretaria é uma ilha por isso devemos buscar ações articuladas. O serviço público deve trabalhar para o cidadão e se unir focando nos resultados", disse ao encerrar o curso.

Esse é um projeto que visa dar continuidade ao objetivo de garantir um atendimento de qualidade para a pessoa com deficiência em toda a Prefeitura de Campinas. Serão formadas duas turmas e as aulas seguem até 05 de junho.

Sanal Penteado, 34 anos, desenhista da SEMURB

"Para mim esse curso tem sido importante pois tenho que aprender a fazer adaptações e projetar com acessibilidade. Acredito que teremos conquistado a acessibilidade de verdade quando nos acostumarmos com a presença das rampas e das pessoas com deficiência em todos os locais. Quando isso for algo natural e não demandar tantos esforços assim."

João Gabriel Lacerda, 29 anos, Sec. da Saúde 

"Como atendente da Farmácia Popular sei que vou atender bem melhor agora as pessoas com deficiência e posso contribuir para uma melhor adequação do nosso espaço de trabalho. Acredito que o que mais precisa mudar para garantir uma cidade mais acessível é o olhar das pessoas. A educação  e o respeito."

Joana Helena dos Santos Oliveira, 58 anos, Sec. Meio Ambiente

"Eu trabalho como agente operacional na Fundação José Pedro de Oliveira, na Mata Santa Genebra, e sei que vou atender melhor agora porque estou mudando meu olhar aqui e vou fiscalizar para que as pessoas com deficiência sejam bem atendidas e possam ter respeitados os direitos de ir e vir."

Audiodescrição pode se tornar obrigatória em produções financiadas pela Ancine

Caros amigos com ou sem deficiência visual,

Há anos, em cada canto do Brasil, muitas pessoas lutam pela inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência visual aos bens culturais. Campinas é uma das pioneiras no desenvolvimento sistemático de atividades de exibição de filmes com audiodescrição para pessoas com deficiência visual. 

Em 1999, no Centro Cultural Braille, Eduarda Ieme e Cristina Loyola iniciaram o chamado "Vídeo Narrado", que funcionada uma vez ao mês. Em 2000, a filósofa Bell Machado, que atualmente trabalha como assessora aqui na SMPD, assumiu as sessões de filmes, que já eram semanais. Havia, ainda, estudos que buscavam uma metodologia para a narração e descrição das imagens. 

Uma aprendizagem que só foi possível a partir de uma comunhão de saberes entre Bell e um grupo de pessoas cegas e de baixa visão. Paralelamente,  havia um grupo de cinéfilos cegos, iniciou os estudos filosóficos sobre a construção do conhecimento por meio do olhar e a ampliação de conceitos a partir das descrições de imagens (audiodescriçao). 

Ao longo do primeiro ano, ocorreram 45 exibições de filmes com audiodescrição ao vivo. Para saber mais sobre a História da Audiodescrição acesse o livro "Audiodescrição - construindo imagens em palavras", clicando aqui.  

E você pode participar e ajudar a construir e fortalecer a Audiodescrição no Brasil participando da Consulta Pública, que está aberta até a próxima quinta-feira, 21 de maio, sobre a Instrução Normativa que irá dispor sobre as normas e critérios de acessibilidade a serem observados por projetos audiovisuais financiados com recursos públicos federais oferecidos pela Agência Nacional do Cinema (ANCINE). 

Para participar basta se cadastrar no Sistema de Consultas Públicas da ANCINE. Para esclarecer dúvidas e fazer sugestões envie um email para ouvidoria.responde@ancine.gov.br. 

Para saber mais sobre a minuta, que estabelece que as obras audiovisuais realizadas com recursos públicos federais contemplem, em seus orçamentos, serviços de legendagem descritiva e audiodescrição direcionados a pessoas com deficiência auditiva e visual, clique aqui. 

Para entender o quanto a audiodescrição é importante, mesmo que você não seja uma pessoa com deficiência visual, feche os olhos e assista o curta Vida Maria, com audiodescrição da Bell Machado. Abraços a todos, 

Saiba mais:

Proposta 3.2 – 29

Implementar políticas de acesso de pessoas com deficiência à produção, circulação e fruição de bens e serviços culturais em todos os estados do Brasil ao: a) Ampliar os itens referentes à Acessibilidade nos projetos apresentados a Lei Rouanet, de modo a incluir os recursos de audiodescrição, audiolegendagem, janela de LIBRAS, intérprete de LIBRAS, legenda, impressos em Braille, estenotipia, prancha de comunicação alternativa e outros recursos de tecnologia assistiva; b) Tornar acessível os conteúdos de comunicação nos diferentes suportes e mídias por meio da tecnologia assistiva; c) Garantir o fomento, circulação e manutenção de artistas e coletivos com deficiência em acordo com as resoluções da Oficina Nacional de Indicação de Políticas Públicas Culturais para pessoas com deficiência gravada na Nota Técnica 001/ 2009 da SID/MINC; d) Criar e apoiar programas, projetos e ações de acessibilidade e produção cultural nas suas dimensões arquitetônica, comunicacional, metodológica, instrumental, programática, tecnológica e atitudinal para o público, bem como para os agentes culturais, grupos coletivos e artistas que incluam pessoas com e sem deficiência; e) Fomentar na Rede Nacional de Pontos de Cultura a produção de ações de Acessibilidade Cultural para pessoa com deficiência, com ampliação de recursos financeiros para à aquisição de tecnologia assistiva.

      

MIS Campinas abre as portas para a acessibilidade

Bell Machado ao lado dos participantes do Workshop

O Museu da Imagem e do Som (MIS-Campinas) recebeu na última quarta-feira (14) pessoas interessadas em acessibilidade e museus. A iniciativa integra o projeto “Um museu feito para nós, por nós: acessibilidade comunicacional aos acervos do MIS Campinas”, e foi direcionada a discutir fundamentos e práticas para a acessibilidade de pessoas com deficiência visual e surdas em museus e espaços culturais. A assessora da Secretária Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPD), Bell Machado, participou do workshop junto com a intérprete de LIBRAS da SMPD, Josie Ananias. Mais um dia de alegria para todos nós que lutamos por  acessibilidade, respeito e inclusão. 

Escolas de Campinas têm aula de Educação Física para crianças com deficiência. Assista reportagem da Band Campinas

Projeto é parceria entre Prefeitura e Unicamp e visa garantir a inclusão a partir do resgate da autoestima das crianças com deficiência 

“Uma inclusão verdadeira só será possível quando fizermos mudanças no que é intangível, no que é lúdico e pode, efetivamente, mudar a percepção que a sociedade tem a respeito da pessoa com deficiência.” A frase da secretária da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de Campinas, Emmanuelle Garrido Alkimin,  define os objetivos do Programa de Atividade Motora Adaptada (Proama), implantado essa semana na cidade com o objetivo de ampliar a participação e o bem estar dos alunos com deficiência nas escolas da Rede Municipal de Ensino durante as aulas de Educação Física.

O decreto que  aprova o projeto foi assinado pelo prefeito Jonas Donizette, em cerimônia com a presença de autoridades e das crianças que já são beneficiadas pelo projeto, que funcionava até agora de maneira experimental. “A educação tem essa filosofia de ir além, de fugir do curricular e sim de ir para a vida. E a simbologia deste programa é conviver desde cedo com o diferente”, disse o prefeito. Para Emmanuelle Alkimin o mais importante é garantir o resgate da autoestima das crianças. “Esse programa vai mudar a vida das crianças. Quando falamos em prática esportiva para uma criança com deficiência estamos resgastando a autoestima delas, fazendo a inclusão real por meio das brincadeiras, das atividades do dia a dia”, disse.

O Proama proporciona ao aluno com deficiência um atendimento integral a respeito de suas limitações durante as aulas de Educação Física e visa melhorar o convívio entre as crianças com e sem deficiências. A iniciativa é pioneira no País e começou em cinco escolas da rede municipal. Ao todo 62 alunos com deficiência foram beneficiados nas escolas Zeferino Vaz (Caic), Padre Francisco Silva, Lourenço Bellochio, Benevenuto de Figueiredo Torres e Padre José Narciso Vieira Ehrenberg. Essas escolas foram escolhidas por apresentarem um maior número de crianças que necessitam de atendimento especializado. Até 2016 todas as escolas de ensino fundamental da rede municipal de Campinas devem ser contempladas, um total de 44 unidades.

A maior vantagem do Proama é que as aulas de Educação Física não precisam mais ser adaptadas a qualquer custo para atender os alunos com necessidades especiais. Os alunos passam a fazer atividades de acordo com as possibilidades de cada um, pois o mais importante para todos é desenvolver a atividade física e não alcançar resultados. “Em uma aula de arco e flecha, por exemplo, um aluno que não tem um braço pode fazer os exercícios utilizando um dos braços e a boca. Com o Proama, o professor não terá mais de pensar nas atividades físicas como resultados, e sim, nelas como um meio para que as crianças se desenvolvam”, afirma o diretor de projetos de inclusão e acessibilidade da Secretaria de Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Gustavo Merlo.

O Proama é uma parceria entre as secretarias da Educação e dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, em conjunto com a Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Para que todos os alunos sejam atendidos, os 70 professores de educação física da rede municipal terão aulas de capacitação com os docentes da Unicamp, Edison Duarte e Júlio Gavião, que são considerados referência nacional no assunto. Outros estagiários também serao contratados exclusivamente para essa atividade.  As unidades também receberão materiais didáticos adaptados, tais como: cadeira de rodas, tabela de basquete, bola de futsal, entre outros. A rede municipal de ensino conta com 555 alunos de educação especial no ensino fundamental. Eles têm três aulas de educação física por semana. 

A primeira aula da continuidade de uma luta - a acessibilidade em Campinas

É com muita alegria que posto a foto de nossa primeira aulda do curso "Noções Gerais de Acessibilidade, Audiodescrição e Libras" na última terça-feira (13 de maio). Na foto estão as  instrutoras Bell Machado, que é assessora da SMPD, audiodescritora e mestranda na Unicamp, estudando Cinema e Audiodescrição, e a psicóloga e pedagoga e coordenadora do Centro de Referência da Pessoa com Deficiência de Campinas, Rita Khater, com um vasto currículo em diversidade e inclusão. As duas falam aos alunos na Escola de Governo e Desenvolvimento do Servidor (EGDS) e ajudam Campinas a dar um importante passo para a inclusão. 

Os encontros seguem todas as terças e quintas com aulas ministradas, ainda, pelo presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência e Diretor de Projetos da SMPD, Gustavo Merlo e a intérprete de LIBRAS, Josie Ananias. O projeto visa dar continuidade ao nosso objetivo de garantir a pessoa com deficiência um atendimento de qualidade na Prefeitura de Campinas, a Escola de Governo, em parceria com a Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida promove um curso de LIBRAS, acessibilidade arquitetônica e Audiodescrição. Serão formadas duas turmas e as aulas começam no dia 15 de maio e seguem até 05 de junho. 

Abraços,

Emmanuelle Alkmin

Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de Campinas

Nossa viagem a Curitiba e a busca por uma Campinas mais acessível. Confira!

Esta foi uma semana muito especial e produtiva! No dia 08 de maio fui até Curitiba (PR) na companhia do querido secretário de Cultura de Campinas, Ney Carrasco, e da querida assessora da SMPD, Bell Machado. Fomos até lá  discutir acessibilidade, cultura e mobilidade urbana e conhecer as iniciativas da cidade para trazer novas e boas ideias para Campinas. Abaixo, divido com vocês algumas imagens de nossa viagem e nossa alegria em visitar pessoas tão especiais como a secretária da Pessoa com Deficiência de Curitiba (SEDPCD), Mirela Prosdocimo, o superintendente da SEDPCD, José Alcides Silva,  o coordenador de políticas Públicas da SEDPCD, Manoel Negraes e a coordenadora de Acessibiliade da SEDPD, Francielle Lucena​.

Outra visita importante foi a que fizemos ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), onde encontramos o presidente do Instituto, Sérgio Póvoa Pires, com quem conversarmos sobre projetos de mobilidade urbana. E para aproveitar ainda mais a visita  fomos até a Fundação Cultural de Curitiba, onde discutimos acessibilidade e inclusão cultural, momento em que pude dividir com o secretário de Cultura de Campinas, Ney Carrasco, e o secretário de Cultura de Curitiba, Marcos Cordiolli. Foram dias muito produtivos e temos a certeza de que nossa busca por trazer novas ideias e contribuir para que  Campinas se torne uma cidade  cada vez mais acessível e inclusiva está apenas começando.

Um excelente fim de semana a todos! 

Emmanuelle Alkmin
Secretária Municipal da Pessoa com Deficiência

Eu, Emmanuelle Alkmin, ao lado da secretária da Pessoa com 

Deficiência de Curitiba, Mirella Prosdocimo. Estamos sentadas à mesa durante a reunião.

​                                Na Fundação Cultural de Curitiba todos sorriem para a câmera: 
                                Emmanuelle Alkmin, BellMachado - assessora na SMPD, 
                                os secretários de Cultura de Curitiba e Campinas Marcos Cordiolli 
                                e Ney carrasco, respectivamente. 
  

Sérgio Póvoa , Emmanuelle Alkmin e Ney Carrasco​

Nessa foto estou sorrindo para a câmera no jardim do IPPUC, entre
frondosas castanheiras. 

MIS CAMPINAS oferece workshop de Acessibilidade Comunicacional em Museus

A oficina ocorre no próximo dia 14 de maio (quarta-feira), das 14 às 17 horas no MIS Campinas e oferece 30 vagas com inscrições gratuitas. Participe! 

A iniciativa integra o projeto “Um museu feito para nós, por nós: acessibilidade comunicacional aos acervos do MIS Campinas”, que pretende discutir fundamentos e práticas para a acessibilidade de pessoas com deficiência visual e surdas em museus e espaços culturais. O workshop é aberto a profissionais, gestores e educadores de museus, centros culturais e educativos, estudantes e demais interessados. Os participantes receberão um certificado de participação. 

SERVIÇO
WORKSHOP ACESSIBILIDADE COMUNICACIONAL EM MUSEUS
MUSEU DA IMAGEM E SOM (MIS) CAMPINAS

Rua Regente Feijó, 859, Centro

 Duração: 3 horas. 30 vagas. Atividade gratuita.

Inscriçõe pelo telefone: (19) 3733 8800, das 9 às 12 e das 14 às 17 horas

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Museu da Imagem e do Som de Campinas
Rua Regente Feijó, 859, Centro
CEP 13013-051, Campinas, SP, Brasil
Fone: 55 (19) 3733 8800
E-mail coordenação: mis@campinas.sp.gov.br
E-mail ação educativa: pedagogiadaimagem@campinas.sp.gov.br
Visite nossos site: http://pedagogiadaimagem.sites.uol.com.br
Acompanhe as notícias no blog: http://pedagogia-da-imagem.blogspot.com
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Atletas com deficiência participam da 1ª Etapa do Circuito Paulista de Atletismo e Natação em Campinas

Campinas espera cerca de 300 pessoas, entre atletas e equipes técnicas, na 1ª Etapa do Circuito Paulista de Atletismo e Natação para atletas com deficiência física e visual neste sábado (10). O evento é promovido pela Associação Paralímpica de Campinas (APC) em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPD) e com a Federação Paulista de Desportos para Cegos (FPDC). “É um evento muito importante para Campinas porque destaca a importância do Circuito na cidade e nosso objetivo que é valorizar o potencial das pessoas com deficiência nos esportes”, afirma a secretárida da Pessoa com Deficiência, Emmanuelle Alkmin, que estará presente no evento.

A competição começa as 8h e segue até as 16h no Centro Esportivo de Alto Rendimento (Cear), que fica no complexo urbanístico Swiss Park. Além da etapa paulista, os atletas poderão participar da etapa nacional no Circuito Caixa de Atletismo e Natação, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). A participação da nadadora Fabiana Sugimori, deficiente visual é um destaque do evento por já ter participado de uma Paraolimpíada.

A APC atua há sete anos em Campinas e região com o objetivo de fomentar e desenvolver o desporto para pessoas com deficiências  e tem apoio da Secretaria Municipal de Esportes, por meio Fundo de Incentivo ao Esporte de Campinas (FIEC).

SERVIÇO

1ª Etapa do Circuito Paulista de Atletismo e Natação para atletas com deficiência física e visual

10 de maio de 2014

08h as 16h

Local: Centro Esportivo de Alto Rendimento (Cear) - Rod. Anhanguera, Km 89,5, Swiss Park, Campinas – SP

Foto - Divulgação

Servidores Municipais serão capacitados para atender pessoas com deficiência

Curso de LIBRAS, Audiodescrição e Acessibilidade Arquitetônica vai formar funcionários para atendimento de pessoas com deficiência

Para dar continuidade ao nosso objetivo de garantir a pessoa com deficiência um atendimento de qualidade na Prefeitura de Campinas, a Escola de Governo e Desenvolvimento do Servidor (EGDS), em parceria com a Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida promove um curso de LIBRAS, acessibilidade arquitetônica e Audiodescrição. Sob o titulo “Inclusão – noções gerais sobre acessibilidade arquitetônica, Audiodescrição e LIBRAS” o curso é parte da meta de tornar Campinas uma cidade efetivamente acessível, em diversos aspectos.

Serão formadas duas turmas e as aulas começam no dia 15 de maio e seguem até 05 de junho. O objetivo é capacitar todos os servidores que lidam diretamente com o atendimento ao público. Por isso, além da capacitação instrumental nessa três áreas do conhecimento, o curso é também destinado a instruir o servidor municipal quanto aos aspectos sensíveis do atendimento a pessoa com deficiência. O que buscamos é oferecer a  todos uma formação sensível para que todos se sintam parte da cidade, que todos tenham oportunidades, independente de ter ou não deficiência. Tornar Campinas uma cidade acessível é o nosso objetivo e por isso somos uma das poucas cidades que tem uma secretaria criada para atender as pessoas com deficiência.

Emmanuelle Garrido Alkimin

Secretária da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida

SERVIÇO

Turma I: Maio: 15,22,29  Junho: 05

Quintas Feiras

13h30 às 17h

Turma II: Maio: 13,20,27  Junho: 03

Terças Feiras

8h30 às 12h

Pelo fim da Torre de Babel - Libras e Audiodescrição como premissa da inclusão

Imagine que você chegou em um país estrangeiro. Um lugar onde você não entenda nada do que dizem e tampouco consiga conversar com alguém, se fazer entender. Nessa situação, você tem um problema sério e precisa ir até uma repartição pública resolvê-lo...  Imaginou a angústia!? É exatamente essa a sensação de isolamento social por que passam todos os dias as pessoas cegas e surdas em um lugar onde não exista  acessibilidade. Uma verdadeira Torre de Babel em que ninguém se entende e, principalmente, ninguém é verdadeiramente respeitado.

Acabar com essa Torre de Babel e proporcionar respeito e oportunidades a todos foi nosso objetivo nesse primeiro ano junto a Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPD) de Campinas e vamos continuar avançando, pois meu objetivo e de toda a nossa equipe sempre foi que a garantia de direitos fosse algo espontâneo, sem a necessidade de luta ou até mesmo de uma secretaria. Enquanto esse dia não chega, nossa luta segue com firmeza e determinação.

Entre as conquistas da SMPD é está a capacitação dos funcionários da Prefeitura com cursos de Libras e de Audiodescrição. Até agora formamos 60 servidores municipais no curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras), realizado pela Escola de Governo e Desenvolvimento do Servidor e oferecido gratuitamente. Nosso objetivo é garantir um atendimento de qualidade para a pessoa surda e nos alegramos porque alguns funcionários procuraram a capacitação espontâneamente por estarem interessados nos cursos. Até agora foram realizadas duas edições, cada uma com 30 vagas.

Iniciamos também, com a colaboração da assessora da SMPD e audiodescritora, Bell Machado, a capacitação em Audiodescrição, que ensina a fazer narração de cenas de filmes, teatro e programas de televisão para cegos. A primeira turma é formada por 20 servidores e seguimos com esse trabalho por todo o ano porque acreditamos que se nos entendermos melhor, se todos (pessoas com deficiência ou não) conhecermos melhor a realidade das pessoas com deficiência teremos uma cidade verdadeiramente inclusiva, tolerante e promissora.

Emmanuelle Garrido Alkimin

Bell Machado ministra aula em curso de Audiodescrição para servidores

Um data para trabalhar e continuar lutando

Foto: Lillian Bento

Luiz Antônio Rodrigues, coordenador de políticas públicas da SMPD

"O que a pessoa com deficiência conquistou nos últimos anos no mercado de trabalho com toda certeza foi respeito por parte das demais pessoas. Por outro lado, ainda precisamos provar que somos capaz para ter a primeira chance. Ainda é preciso melhorar muito o cumprimento da Lei de Cotas e investir na qualificação da mão de obra da pessoa com deficiência. Já temos o que comemorar nesse Dia do Trabalhador, mas ainda precisamos continuar na luta.

Luiz Antônio Rodrigues, 51 anos, fisioterapeuta, radialista e coordenador de políticas públicas da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de Campinas (SMPD)

O que temos para comemorar e reivindicar nesse Dia do Trabalhador!

                                                                                                    Foto: Lillian Bento

 Magda Pizzinato durante o expediente na SMPD, onde trabalha. 

"A SMPD já é um grande avanço no sentido de  levar informação sobre qualificação e mercado de trabalho para as pessoas com deficiência, mas ainda é preciso mais conscientização por parte das empresas e maior qualificação da mão de obra das pessoas com deficiência para ocuparem postos no mercado de trabalho. É importante, também, que o empresário ou o gestor saiba receber a pessoa com deficiência. Essa história de coitadinho tem que acabar de vez."

Magda Aparecida Pizzinato Fermino, 57 anos, arquiteta e funcionária da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPD). Tem deficiência física desde a infância como consequência de uma poliomelite.