sexta-feira, 16 de maio de 2014

Audiodescrição pode se tornar obrigatória em produções financiadas pela Ancine


Caros amigos com ou sem deficiência visual,



Há anos, em cada canto do Brasil, muitas pessoas lutam pela inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência visual aos bens culturais. Campinas é uma das pioneiras no desenvolvimento sistemático de atividades de exibição de filmes com audiodescrição para pessoas com deficiência visual. 




Em 1999, no Centro Cultural Braille, Eduarda Ieme e Cristina Loyola iniciaram o chamado "Vídeo Narrado", que funcionada uma vez ao mês. Em 2000, a filósofa Bell Machado, que atualmente trabalha como assessora aqui na SMPD, assumiu as sessões de filmes, que já eram semanais. Havia, ainda, estudos que buscavam uma metodologia para a narração e descrição das imagens. 




Uma aprendizagem que só foi possível a partir de uma comunhão de saberes entre Bell e um grupo de pessoas cegas e de baixa visão. Paralelamente,  havia um grupo de cinéfilos cegos, iniciou os estudos filosóficos sobre a construção do conhecimento por meio do olhar e a ampliação de conceitos a partir das descrições de imagens (audiodescriçao). 
Ao longo do primeiro ano, ocorreram 45 exibições de filmes com audiodescrição ao vivo. Para saber mais sobre a História da Audiodescrição acesse o livro "Audiodescrição - construindo imagens em palavras", clicando aqui.  




E você pode participar e ajudar a construir e fortalecer a Audiodescrição no Brasil participando da Consulta Pública, que está aberta até a próxima quinta-feira, 21 de maio, sobre a Instrução Normativa que irá dispor sobre as normas e critérios de acessibilidade a serem observados por projetos audiovisuais financiados com recursos públicos federais oferecidos pela Agência Nacional do Cinema (ANCINE). 




Para participar basta se cadastrar no Sistema de Consultas Públicas da ANCINE. Para esclarecer dúvidas e fazer sugestões envie um email para ouvidoria.responde@ancine.gov.br. 




Para saber mais sobre a minuta, que estabelece que as obras audiovisuais realizadas com recursos públicos federais contemplem, em seus orçamentos, serviços de legendagem descritiva e audiodescrição direcionados a pessoas com deficiência auditiva e visual, clique aqui. 

Para entender o quanto a audiodescrição é importante, mesmo que você não seja uma pessoa com deficiência visual, feche os olhos e assista o curta Vida Maria, com audiodescrição da Bell Machado. Abraços a todos, 







Saiba mais:

Proposta 3.2 – 29
Implementar políticas de acesso de pessoas com deficiência à produção, circulação e fruição de bens e serviços culturais em todos os estados do Brasil ao: a) Ampliar os itens referentes à Acessibilidade nos projetos apresentados a Lei Rouanet, de modo a incluir os recursos de audiodescrição, audiolegendagem, janela de LIBRAS, intérprete de LIBRAS, legenda, impressos em Braille, estenotipia, prancha de comunicação alternativa e outros recursos de tecnologia assistiva; b) Tornar acessível os conteúdos de comunicação nos diferentes suportes e mídias por meio da tecnologia assistiva; c) Garantir o fomento, circulação e manutenção de artistas e coletivos com deficiência em acordo com as resoluções da Oficina Nacional de Indicação de Políticas Públicas Culturais para pessoas com deficiência gravada na Nota Técnica 001/ 2009 da SID/MINC; d) Criar e apoiar programas, projetos e ações de acessibilidade e produção cultural nas suas dimensões arquitetônica, comunicacional, metodológica, instrumental, programática, tecnológica e atitudinal para o público, bem como para os agentes culturais, grupos coletivos e artistas que incluam pessoas com e sem deficiência; e) Fomentar na Rede Nacional de Pontos de Cultura a produção de ações de Acessibilidade Cultural para pessoa com deficiência, com ampliação de recursos financeiros para à aquisição de tecnologia assistiva.

      



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